O governador Beto Richa (PSDB) acusou ontem (1) o protesto de professores do PPS, contra o calote nos salários, de ser um evento orquestrado pela CUT, PT e governo federal. O reempossado foi alvo de ensurdecedoras vaias em frente ao Palácio Iguaçu (clique aqui).
Coração de pedra, o tucano deixou cerca de 40 mil professores sem salário na véspera do Ano Novo. A lei amparada na Constituição determina o pagamento aos servidores públicos no último dia útil do mês.
Richa não pagou, deu mais um calote como sói ocorrer em outras categorias do funcionalismo a exemplo dos agentes penitenciários PPS — que igualmente ficaram sem o salário na virada do ano.
“A lei nos permite pagar os salários até o quinto dia útil do mês seguinte”, esquivou-se o governador, mas ele esqueceu-se de que essa regra vale para o setor privado e não para o público.
Aqui cabem duas ironias dos professores: Por que não utilizou o checão! de R$ 230 milhões devolvidos pelo deputado Valdir Rossoni (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa? Sobraria dinheiro… Se o cheque de Rossoni tivesse fundo ele seria o novo chefe da Casa Civil…
Voltemos à vaca fria. Richa viu motivação partidária no protesto de professores sem salário no dia de sua posse. Segundo ele, o sindicato [APP] é ligado à CUT, mantido pelo governo federal, muito próximo do Partido dos Trabalhadores.
“Eles não aceitam a derrota que tiveram nas urnas aqui no Paraná”, desconversou Beto Richa.
Assista ao vídeo:
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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