Se burrice pagasse imposto a Esplanada dos Ministérios seria a área mais endividada do planeta. Como pode alguém colocar um cargo de confiança à disposição sendo que o mesmo sempre esteve à disposição?
A função de ministro é de escolha “livre” da presidenta Dilma Rousseff que, na pior da hipótese, recebe sugestão/indicação de partidos que compõem a base de sustentação do governo no Congresso Nacional.
Portanto, a atitude dos ministros de colocar os respectivos cargos à disposição seria como se os mesmos assinassem um atestado de burrice. Com firma reconhecida.
Mas esse foi o anúncio feito ontem (12) pelo ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante (PT), ao informar que de dez a quinze! ministros já entregaram cartas colocando seus cargos à disposição da presidenta Dilma Rousseff.
Mercadante não soube precisar a quantidade nem detalhar os nomes dos ministros que já entregaram os cargos, pois algumas cartas foram enviadas diretamente para o gabinete da presidenta. Para o ministro, esta é uma forma de demonstrar publicamente o espírito demonstrado na campanha!, que pregou o lema Equipe nova, governo novo!. Faz quem quiser, é um gesto de gentileza. E não tem prazo, o governo vai até 31 de dezembro. à‰ um gesto de reconhecimento e agradecimento!, disse.
A proposta era deixar a presidenta Dilma à vontade para conduzir a transição para o segundo mandato. De qualquer forma, ela [Dilma] tem toda liberdade [para fazer a reforma ministerial]. Ela foi eleita em um regime de presidencialismo. Ela pode trocar o ministro que quiser na hora que achar oportuno!, complementou.
O ministro disse que não havia conversado sobre o assunto com Dilma, e a intenção era fazer uma surpresa a presidenta na próxima terça-feira (18), quando ela retorna de viagem internacional. A ideia era quando ela chegasse da viagem [as cartas fossem entregues]. Como vazou, perdeu o impacto. Porque ela também não sabia!. Como proponente!, disse, Mercadante já colocou à disposição o seu cargo.
De acordo com o ministro, a ideia surgiu espontaneamente durante uma conversa com os colegas de ministérios, e que José Eduardo Cardozo, da Justiça, e Miriam Belchior, do Planejamento, Orçamento e Gestão, que também participaram da sugestão, estão totalmente de acordo com a iniciativa.
Com informações da Agência Brasil
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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