Por que Gustavo Fruet subiu no muro?

dilma_fruet_richa.jpgNão há registro de pedido de voto para Dilma no perfil pessoal do prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), no Facebook ou em outra rede social. O pedetista preferiu subir no muro diante da acirradíssima disputa entre a presidenta e o senador Aécio Neves (PSDB). Essas observações são de dirigentes petistas, que veem um futuro incerto para o aliado em 2016.

Durante a visita de Dilma em Curitiba, analisam petistas e aliados da presidenta reeleita, Fruet ficou escondido “atrás do toco”, preferiu o anonimato à  exposição ao lado da candidata do PT. Na capital paranaense, o tucano goleou por 72% a 28% na votação de ontem (26).

Fruet flertou — e ainda flerta — com o Palácio Iguaçu desde o primeiro turno da eleição para o governo do Paraná, quando percebeu a inevitabilidade da reeleição de Beto Richa (PSDB). Mandou interlocutor atravessar a Praça Nossa Senhora do Salete, no Centro Cívico, para “selar a paz” e iniciar a reaproximação política entre ambos visando 2016.

Os tucanos dizem que aceitam Fruet de volta ao ninho, até alguns petistas, mas vetam o secretário Municipal de Governo, Ricardo Mac Donald. Eles enxergam o capitão do time do prefeito pedetista como o principal elo com a tropa de Dilma, portanto, pouco confiável nas hostes palacianas.

Secretamente, insinuam petistas cinco estrelas, Fruet torceu pela vitória de Aécio. Mas como o projeto bateu na trave, continuam analisando os dilmistas, o prefeito não tem como pular a cerca por uma questão óbvia: Richa nada tem a oferecer a Curitiba, pois o estado está quebrado e sem condições de honrar compromissos básicos como pagar décimo terceiro salário dos servidores públicos.

Richa e Fruet continuarão dependendo muito do PT e de Dilma pelos próximos anos.

Economia

O governador do PSDB, que esperava abrandar a disputa por cargos em seu segundo mandato, mandando alguns quadros para Brasília, terá de enfrentar agora verdadeira guerra de babuínos pelos poucos espaços que têm. São 17 partidos que querem um lugar ao Sol, ou melhor, no primeiro escalão do governo.

Some-se a isso tudo, já nesta semana, começa a romaria de prefeitos do interior cobrando a execução de convênios e promessas realizados durante a campanha de reeleição de Richa. Afinal, a oposição nesses municípios é implacável.

Nessa confusão toda tem um vencedor: o senador Roberto Requião (PMDB), que coordenou a vitoriosa reeleição de Dilma no Paraná (clique aqui).

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