Coluna do Rocha Loures: O voto no segundo turno presidencial

Rocha Loures, em sua coluna deste domingo, a duas semanas da eleição, vê amadurecimento político no país onde os eleitores serão protagonistas na escolha sobre qual modelo de desenvolvimento almejam para os próximos anos; Teremos segundo turno para a presidência da República com candidatos de históricos consistentes e que representam grupos políticos fortes. Ambos comprometidos com a democracia e o estado de direito, o que é fundamental. Hoje a democracia brasileira atingiu um patamar em que já não se imagina um cenário de golpe de Estado ou de enfraquecimento das instituições, fantasma que existia até passado recente!, escreve o colunista; leia o texto e compartilhe.
Rocha Loures, em sua coluna deste domingo, a duas semanas da eleição, vê amadurecimento político no país onde os eleitores serão protagonistas na escolha sobre qual modelo de desenvolvimento almejam para os próximos anos; Teremos segundo turno para a presidência da República com candidatos de históricos consistentes e que representam grupos políticos fortes. Ambos comprometidos com a democracia e o estado de direito, o que é fundamental. Hoje a democracia brasileira atingiu um patamar em que já não se imagina um cenário de golpe de Estado ou de enfraquecimento das instituições, fantasma que existia até passado recente!, escreve o colunista; leia o texto e compartilhe.
Rodrigo da Rocha Loures*

O segundo turno existe nas eleições para corrigir uma distorção criada pelo processo democrático: um candidato pode obter mais votos que os outros, entretanto, caso o conjunto de votos de todos os seus adversários seja maior que o seu, isso pode significar que a maioria dos eleitores deseja exatamente o contrário, que o representante a ser eleito seja outro e não aquele que ficou em primeiro lugar na primeira fase.

Essa votação por turnos permite então que o eleitor tenha um comportamento mais ideológico no primeiro momento e não precise adotar a prática do voto útil. Ou seja, pode votar com ideologia e convicção no primeiro turno, escolhendo quem quiser, mesmo se o candidato apresentar chances reduzidas de vitória. No segundo turno a escolha passa a ser mais pragmática: entre os dois postulantes, qual candidato mais se aproxima de nossos valores individuais?

Teremos segundo turno para a presidência da República com candidatos de históricos consistentes e que representam grupos políticos fortes. Ambos comprometidos com a democracia e o estado de direito, o que é fundamental. Hoje a democracia brasileira atingiu um patamar em que já não se imagina um cenário de golpe de Estado ou de enfraquecimento das instituições, fantasma que existia até passado recente.

Esperamos que esse quadro permita um debate mais produtivo neste segundo turno, longe de guerras de desconstrução da imagem dos candidatos ou de ataques pessoais e eleitoreiros. Com o equilíbrio de forças e, especialmente, tempos iguais no rádio e na televisão, esperamos que os candidatos discutam, de fato, os planos de governo para o Brasil.

Quem tem mais condições de fazer a economia do país voltar a crescer e combater o aumento da inflação? Quem tem melhores ideias quanto à  melhoria dos serviços públicos e dos programas sociais? Quem tem melhores condições para combater a corrupção e resolver os gargalos da infraestrutura? Quem fará a distribuição mais justa dos recursos arrecadados para atendimento aos municípios?

Economia

Essas são algumas questões importantes que os candidatos deverão responder ao longo deste segundo turno. A nós, eleitores, cabe avaliar cuidadosamente os posicionamentos de cada um para fazer uma escolha consciente.

*Rodrigo da Rocha Loures é empresário, ex-presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP).

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