“Você votaria em quem come mamona?”, eis uma das perguntas que empresas de telemarketing fazem aos eleitores paranaenses visando desconstruir a imagem do senador Roberto Requião (PMDB), candidato ao governo do estado. A isso, na Justiça Eleitoral, chama-se “campanha negativa” irregular.
A campanha do candidato do PMDB rastreou as ligações e identificou as empresas Talk Telecom e Falkland Tecnologia, ambas de São Paulo, como autoras dos trotes. Além de Requião, no Paraná, as companhias também bombardeiam pelo telefone a candidatura do petista Lindbergh Farias no Rio de Janeiro.
“Agora vamos chegar aos contratantes e se houver continuidade desse serviço sujo pediremos a prisão de todos os envolvidos”, disse o advogado Luiz Fernando Delazari, xerife requianista. O suspeito “número um” de ser mandante das ligações clandestinas é o governador Beto Richa (PSDB), candidato à reeleição, conforme detalha decisão liminar do juiz Leonardo Castanho Mendes, do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE).
O magistrado concedeu 24 horas para as duas empresas cumpram a decisão e definiu multa de R$ 10 mil para cada nova ligação telefônica realizada. Além do mais, a Talk Telecom e a Falkland Tecnologia terão de declinar o nome dos contratantes dos serviços sob pena de enquadramento na lei que tipifica o crime eleitoral.
A seguir, leia a íntegra da decisão judicial contra o “telemarketing do crime”:
http://www.esmaelmorais.com.br/wp-content/uploads/2014/09/telemarketing_do_crime.pdf
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.