Requião “espanca” Gazeta do Povo em autossabatina; leia e assista na íntegra

O senador Roberto Requião (PMDB) não esteve na sabatina organizada pelo Jornal Gazeta do Povo com os candidatos ao governo do Paraná. Alegou problemas de saúde, junto à  falta de seriedade! do jornal. Mas para não passar em branco, Requião respondeu na 'TV 15' à s questões publicadas pelo jornal que seriam feitas a ele. A autosabatina foi publicada em vídeo (assista). Abaixo, leia as respostas apresentadas pelo candidato.
O senador Roberto Requião (PMDB) não esteve na sabatina organizada pelo Jornal Gazeta do Povo com os candidatos ao governo do Paraná. Alegou problemas de saúde, junto à  falta de seriedade! do jornal. Mas para não passar em branco, Requião respondeu na ‘TV 15’ à s questões publicadas pelo jornal que seriam feitas a ele. A autossabatina foi publicada em vídeo (assista). Abaixo, leia as respostas apresentadas pelo candidato.

O senador Roberto Requião respondeu na ‘TV 15’, a sua televisão caseira na internet, à s perguntas que teriam sido feitas a ele caso tivesse participado da sabatina da Gazeta do Povo. O candidato do PMDB ao governo do Paraná começou explicando porque não foi à  entrevista, alegando um problema de saúde e porque por treze anos a Gazeta do Povo vem me agredido com mentiras, com malandragens, com safadezas. A Gazeta do Povo é uma espécie de uma “jukebox”, que é a máquina em que você põe dinheiro e ela toca uma música; então, como eu não tenho dinheiro pra por no “jukebox”…!.

Assista ao “espancamento” completo no vídeo:

Eu tirei o dinheiro do governo do estado da imprensa, você sabe que eu assumi o primeiro governo e eles foram ao Palácio me pressionar, e diziam “ou você restabelece aquela grana que o Lerner dava, ou vai apanhar dia e noite na imprensa”. Eu respondi: como eu retirei do orçamento aí não adiantava nem pressionar. O que eu queria de fato é trazer aqueles meninos que dirigem de fato a Gazeta do Povo! aqui pra eu fazer uma sabatina com eles!, afirmou o senador.

A seguir, leia a transcrição da íntegra da autossabatina:

1. Uma de suas afirmações a respeito dos seus governos, faz referência aos bons resultados do combate à  violência e à  criminalidade. Relatórios do DataSUS, principal referencial para medir os índices de morbidade do País, mostram que quando o senhor assumiu o governo em 2003 a taxa de homicídios era de 25 por 100 mil habitantes, oito anos depois, em 2010, o senhor legou ao seu sucessor uma taxa de 34 homicídios por 100 mil habitantes. Por esses números o aumento foi de 36%. Ao que o senhor atribui a contradição entre o que fala na campanha e os dados do DataSUS?

Economia

R: Eu atribuo à  safadeza da Gazeta do Povo. Nós não tínhamos estatística no Paraná. Nós entramos no governo e estabelecemos a transparência nas estatísticas. Então essas informações passaram a ser mais corretas. E nós investimos pesadamente na polícia do Paraná.

2. Ao longo de 2009 a Gazeta do Povo fez dois grandes levantamentos sobre o uso de telefones do projeto POVO (Policiamento Volante). Em Curitiba, dos 71 celulares divulgados no site da Secretaria de Segurança Pública, só oito foram atendidos por policiais de maneira prevista. O Policiamento Volante continua sendo a base da sua proposta para a Segurança Pública? O que vai mudar?

R: Ao longo de 2009 eu já não era governador do Estado. Estava o Pessuti já num entendimento com o Beto Richa e aí começou o desmonte do processo. Mas que perguntinha safada e de má fé. Quem é que pagou essa pro “jukebox” da Gazeta do Povo?

3. Uma outra questão sobre segurança pública era a falta de transparência na divulgação dos dados sobre a criminalidade. O que será feito de diferente agora?

R: Transparência absoluta, tão grande quanto havia anteriormente. Nós criamos inclusive o geoprocessamento do crime, em que se fazia o boletim (de ocorrência) por um computador, então a cada dia a Polícia Militar, na central de computação sabia onde estavam ocorrendo os crimes, de que natureza eram os crimes, as infrações, e em qual região da cidade. Então é evidente que nós não íamos publicar no jornal onde estavam ocorrendo os crimes ou onde a polícia ia atuar. Era isso que a Gazeta do Povo! queria? Que avisássemos aos bandidos onde nós iríamos atuar?

Eu queria saber quanto eles receberam do Beto Richa nesse período?

4. Tanto a gestão do Senhor quanto a do Beto Richa, tiveram dificuldade de executar o percentual mínimo de 12% dos gastos com saúde. Por que isso se tornou algo tão difícil de ser cumprido no Paraná?

R: Essa pergunta é até razoável. Quando eu assumi, foi num período logo em que o Paraná tinha sido administrado pelo pessoal do Lerner e do Taniguchi. Nós não tínhamos hospital funcionando, não tínhamos posto de saúde, não tínhamos nada. Então eu tive que montar uma estrutura, foi aí que nós montamos aquela rede no interior do Estado de 44 hospitais, etc.

Então, parem de tentar fazer “tábula rasa” e fazer pouco caso de um trabalho bonito que nós fizemos,!  que safadeza! Eu quero é sabatinar essa molecada que herdou a! Gazeta do Povo aqui. Quando você é mordido por um cachorro, você não briga com o cachorro, você briga com o dono do cachorro. Eu não vou criticar jornalista que trabalha com a coleira segura pelo dono do jornal. E a Gazeta parece que tá fechando, tá acabando, foram 48 demissões de jornalistas, me disseram. Quem é que vai se incomodar com essa Gazeta do Povo? O meu twitter fechou hoje com 47 mil seguidores, a Gazeta do Povo! não tira 15 mil exemplares por dia. Então, a internet tá acabando com esse monopólio de vigarice da imprensa brasileira.

5. Na educação o governo Beto Richa tem buscado uma polarização com o Senhor Quanto ao salário dos professores, por exemplo, o Senhor moveu uma ação no STF contra o piso salarial da categoria em 2008. Qual é o posicionamento atual sobre isso?

R: Que safadeza, né gazetinha? Que jornalzinho furreca vocês tem! O Piso no Paraná era muito maior que o piso nacional. Nós, alguns governadores estamos defendendo a autonomia dos estados para estabelecer a sua própria legislação. Eu tinha criado, por exemplo, o PDE, a formação continuada dos professores. Tirava um professor da sala de aula por um ano, no segundo ano ele ficava 25% fora da sala de aula, e havia todo um projeto que colocou o Paraná no primeiro lugar nacional no IDEB. Hoje estamos em oitavo lugar no IDEB, com três anos e meio do governo Beto Richa. Acabou projeto Fera que era o festival de artes estudantil; o Fera Consciência, que era a exposição dos trabalhos científicos dos alunos; acabou a televisão Paulo Freire que apoiava os professores; a televisão digital está sendo liquidada; os televisores que eu pus em todas as salas de aula pararam por falta de manutenção; os laboratórios de informática pararam; nós temos que retomar isso tudo. Nós, junto com os professores do Paraná, pomos o PDE para funcionar rapidamente. Mas que pergunta safada, Gazeta!

6. O Senhor achou correta a decisão a decisão da Copel em não repassar o reajuste total da energia? O Senhor tem afirmado que a energia em uma nova gestão não vai subir. Como isso será possível? Defende alguma mudança no sistema elétrico, o fim dos leilões, por exemplo? Como pretende repassar o reajuste que ficou represado neste ano?

R: Você viu a safadeza da pergunta da Gazeta? Essa música foi por conta dos Gulin, que faturou R$ 560 milhões durante o governo Beto Richa, projeção dos engenheiros da empresa; comprando energia da geração, vendendo pro sistema que é usado pela distribuição. 1 Mgw/h de energia velha, produzida por uma usina construída há muito tempo e amortizada, custa uma média de R$ 20,00, e vai para distribuição pelo valor de R$ 822,00, um lucro de 4.000%; isso é colocado em leilões e a Copel aderiu ao leilão de compra. Diversos grupos compraram energia da Copel por cerca de R$ 120,00 Mgw/h e depois venderam por R$ 190,00 no leilão nacional.

Eu acabo com essa história toda de leilões, eu vou cuidar da Copel. Eu segurei a tarifa do Copel como a mais barata do Brasil por sete anos e eu tenho condições de reduzir essa tarifa.

Já no caso da Sanepar, eu me comprometi em congelar por quatro anos, para uma inflação de 20, 23% já subiram 56 ou 60%. E entupiram as duas empresas com terceirizações, funcionários de toda espécie; a Sanepar, segundo me informaram, de 350 cargos comissionados, saltou para 750; é a farra dos ‘aspones’. Eu ponho essas duas empresas em ordem, se tornarão empresas de serviço público.

Então a solução para isso é gestão e seriedade. A seriedade que falta para esse tipo de interrogatório desses malandros, que sabem exatamente o que eu fiz, mas a moeda do ‘jukebox’ fez com eles falassem essa besteira.

7. O Senhor tem afirmado durante a campanha que a substituição tributária tem matado as micro e pequenas empresas, ao mesmo tempo o governo tem privilegiado as grandes montadoras. Qual é a sua política tributária?

R: Eu zerei os impostos das micro empresa no Paraná. E criei o salário mínimo regional alto. Então eu aliviei os comerciantes e melhorei o salário dos trabalhadores fazendo girar a roda da economia. Com isso, nós iluminamos o interior do Paraná. As lojinhas encheram as prateleiras, iluminaram, reformaram, foi uma verdadeira maravilha. O Beto enfiou agora uma tal de substituição tributária, que é a antecipação de receita. Não há mais o ICMS na ponta, na nota da venda, o ICMS é cobrado das empresas antes. Uma empresa grande compensa na saída quando ela vende, se ela fica com mercadoria estocada ela tem o custo do ICMS parado. Uma empresa pequena, que tem isenção, se ferra com o ICMS inteiro. Estão quebrando milhares de empresas no Paraná; desempregando os funcionários, deixando os donos em desespero, por uma absoluta incompetência.

Eu vou, no segundo dia de governo, revogar essa estupidez. E no meu governo, nenhuma empresa estrangeira terá um benefício que não possa ser dado a uma empresa paranaense ou brasileira. Por que vantagens tremendas para multinacionais?

8. Em 2003 o Senhor devolveu ao governo federal R$ 200 milhões que seriam aplicados na construção do cais oeste do Porto de Paranaguá. Alegou que faria a mesma obra pela metade de preço com recursos do próprio porto. Passadas duas gestões suas, o cais não saiu. Eleito governador o Senhor repetiria o gesto de devolver recursos para a União?

R: Má fé cínica da Gazeta do Povo, ou ignorância córnea? Eu assumi o governo, havia um esboço de projeto do governo Jaime Lerner e alguns deputados tinham sugerido uma emenda que nunca foi realizada nem liberada, esse dinheiro nunca veio para o Paraná, portanto eu não poderia ter devolvido o que não veio. Analisando o projeto, surgiram suspeitas de fraude, por isso foi suspenso o projeto. Nunca veio o dinheiro para cá. à‰ mentira da Gazeta do Povo.

9. Como o Senhor vê as novas concessões do Porto de Paranaguá? Vai aceitar o modelo proposto pelo governo federal, ou tem algo a mudar? Como manter o aumento que houve na movimentação nos últimos anos com um salto de 30%?

R: Salto de 30% tão dando vocês no Jukebox agora. Quando eu assumi o Porto de Paranaguá praticamente não existia mais. Os caminhões encalhavam no meio da cidade de Paranaguá. Eu pavimentei as ruas de acesso ao porto; o pátio de triagem que era uma bagunça total se transformou num lugar confortável, de respeito. Os prédios da administração foram reformados. Havia toneladas de excremento de pombo. Acabamos com as filas de caminhões com uma nova logística de operação. O caminhão só descia ao porto previamente agendado. Nós construímos três terminais públicos, de líquidos, de fertilizantes e de veículos. Transformamos o porte que era quase exclusivamente granenleiro em terminal multicargas.! 

10. Um relatório do Tribunal de Contas do Estado, divulgado no final de 2010, registrou que a Paraná Previdência tinha um rombo de R$ 3,2 bilhões, dos quais, um terço foi causado pela falta de aportes por parte do governo do Estado. Além disso, o governo decidiu não fazer o desconto dos inativos conforme previsto no plano de capitalização elaborado durante o governo Lerner. O Senhor considera que acertou na gestão da Paraná Previdência?

R: O meu diretor da Paraná Previdência foi o desembargador Munir Karan, um homem de seriedade e respeitabilidade absoluta; bem diferente da Gazeta do Povo. Não confere nenhuma informação de pendência com o INSS. Até a minha saída, o governo recolheu todos os tributos previdenciários e não ficou nenhuma pendência. Em 2010 eu entreguei a Paraná Previdência com R$ 120 milhões só para investimentos, e R$ 7 bilhões no fundo de previdência. A atual gestão, esta sim, não tem recolhido a taxa de administração obrigatória. A Paraná Previdência foi o único fundo de pensão do Brasil que não perdeu naquela crise, por que eu proibi a Paraná Previdência de investir o dinheiro do funcionário público em capital de risco, investindo somente em letra do tesouro. A atual gestão não paga a contrapartida. Só o servidor tem pago a sua parte. Só neste quesito, o rombo projetado é de R$ 29 milhões em 2014.

11. A Polícia Militar abriu um inquérito em junho para apurar o uso da estrutura do governo para cuidar de 88 cavalos que seriam do Senhor…

Só se considerar cavalos os donos da Gazeta do Povo que me visitavam lá… Tinha cavalos do policiamento da Vila Zumbi, de Quatro Barras, Campina Grande do Sul, e quando faltaram cavalos para a Polícia, alguns prefeitos deixavam um animal ou outro lá, à s vezes doavam; e eu imediatamente passava para a propriedade da PM; é cavalos não comem verba do Estado que eu cortei.

12. Nos seus dois últimos mandatos o PMDB não elegeu presidente da Assembleia Legislativa, além disso o Senhor perdeu os diretórios do Partido em Curitiba e no Paraná. Seus aliados o acusam de sempre trabalhar em benefício próprio e não do partido. Se eleito, como pretende reagrupar o PMDB?

R: Que pergunta idiota! O governador trabalha pelo Estado não pelo partido. Não é chefe de quadrilha. O partido engendra um programa, ele assume, e governa para o conjunto da população. E eu não perdi coisa nenhuma, eu ganhei a convenção do PMDB, e vocês na Gazeta anunciaram que eu seria derrotado pelo Richa. Eu dei uma sapecada em vocês e nessa opinião malandra. E hoje o partido já se reuniu e mandou os mercenários embora. O presidente do partido é o Rodrigo Rocha Loures, não é mais o Osmar Serraglio.

13. Por que o Senhor que se coloca como um defensor da austeridade se dispôs a receber aposentadoria como ex-governador? Não é um contrassenso? Em um Estado com dificuldade para pagar pessoal, que se pague esse benefício para ex-servidores que não fizeram contribuições financeiras para recebê-lo? Usar esse recurso para pagar ações judiciais como o Senhor tem justificado não é o mesmo que empurrar para o contribuinte paranaense um problema particular?

R: Aposentadoria recebe o tio desses meninos da Gazeta do Povo! que o Alvaro Dias nomeou para agradar o Dr. Francisco da Cunha Pereira. Ficou lá alguns anos e se aposentou com uma gorda aposentadoria. Não tenho aposentadoria, isso se chama verba de representação; eu quando fui prefeito acabei com isso na prefeitura; ajudei a acabar com isso na Assembleia Legislativa. Essa verba de representação passou a ser fundamental pra mim por que cada pilantra que eu denunciei me processava. E o juiz dizia o seguinte pra mim: Requião, você não pode chamar um ladrão, embora ele seja ladrão, enquanto ele não for condenado!. E eu tive que pagar indenização. Paguei nas condições mais absurdas. Eu denunciei o roubo da Copel, que o jornal nacional denunciou, e fui condenado a pagar indenizações para os pilantras que cometeram aquelas infrações terríveis. Então passei a receber essa verba de representação.

Por que vocês não perguntam para o Beto Richa por que ele paga essa verba pra mãe dele que nunca foi governadora?

14. O senhor acumulou algumas derrotas em batalhas com viés ideológico em seus governos. Não conseguiu conter a expansão dos transgênicos; não venceu os pedageiros; não expulsou os sócios privados na Sanepar e na Copel. O Senhor repetiria a mesma estratégia em uma nova gestão?

R: Sim, eu como governador continuarei defendendo os interesses do povo do Paraná. Eu imediatamente vou suspender todos os contratos de publicidade que engordam os jornais e os canais de televisão e tiram dinheiro dos professores, da saúde, da segurança pública. à‰ a mesma coisa, eu faço política pra isso. Para ser igual os outros, eu fico em casa. Meus cabelos estão brancos trabalhando em prol de Curitiba, do Paraná, e eu sou absolutamente incorruptível, eu sou um cara sério. Por isso eu tenho condições de olhar para vocês e dizer que esse ‘pasquim’ está acabando; por que não vale nada.

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