O senador Roberto Requião (PMDB), embalado pela pesquisa Datafolha, que o coloca em empate técnico na corrida pelo governo do Paraná, na tarde desta sexta-feira (15), liderou pessoalmente a retomada da direção executiva do partido. Ele e a maioria do diretório estadual realizam uma reunião em frente à sede da agremiação, no Centro de Curitiba, porque ainda não tem as chaves do prédio.
Requião e os membros do diretório conduziram o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures à presidência da sigla até as eleições de outubro. Na secretaria geral do PMDB, no lugar do ex-governador Orlando Pessuti, foi alçado Sérgio Ricci, da equipe de campanha do senador.
Correligionários do candidato peemedebista armaram uma barraca na rua e distribuíram pela calçada na Rua Vicente Machado cadeiras de plástico para os membros da direção estadual convocados à reunião, cuja pauta é única: destituição da executiva estadual.
Requião quer destituir a executiva presidida pelo deputado federal Osmar Serraglio, que é acusado de fazer corpo mole! acerca da candidatura própria do partido aprovada em convenção estadual. Serraglio sonhava ser vice na chapa do governador Beto Richa (PSDB).
Com o objetivo de driblar Requião e permanecer “mais um pouco” na presidência do PMDB, Serraglio decretou ontem “luto oficial de três dias” pela morte do presidenciável Eduardo Campos (PSB). A manobra era para fechar a sede e inviabilizar a reunião de hoje. Mas não teve jeito. Requião e membros do diretório estadual estão na Rua Vicente Machado, em frente à sede da agremiação, para fazer a destituição de Serraglio.
Votação
O diretório do PMDB é composto por 71 membros. Para a autoconvocação do colegiado são necessárias 21 assinaturas. A tropa de choque do senador Roberto Requião reuniu 40 apoios. Para dissolver a executiva é preciso 36 assinaturas.
Na votação de hoje, compareceram 44 membros do diretório estadual. Desses, 40 optaram pela dissolução da antiga executiva, três se abstiveram e um votou em branco.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.