Coluna do Ricardo Mac Donald: Judiciário custa muito caro ao Brasil

Ricardo Mac Donald, em sua coluna desta sexta-feira, traz à  luz a A Superestrutura do Estado !“ Parte II!, onde destaca que os superfuncionários do Brasil, incluído os juízes e promotores, aparecem como os mais bem pagos do mundo. Gastamos com o judiciário, por habitante, mais do que o dobro da média dos países europeus. Em relação ao PIB, nenhum país europeu se aproxima. Os juízes e promotores em início de carreira ganham mais do que o dobro da média europeia!, revela o colunista ao comparar os salários anuais dos magistrados brasileiros, em euros, com os de colegas de toga em cinco países europeus: França, Alemanha, Portugal, Espanha e Suécia; leia o texto e compartilhe.
Ricardo Mac Donald, em sua coluna desta sexta-feira, traz à  luz a A Superestrutura do Estado !“ Parte II!, onde destaca que os superfuncionários do Brasil, incluído os juízes e promotores, aparecem como os mais bem pagos do mundo. Gastamos com o judiciário, por habitante, mais do que o dobro da média dos países europeus. Em relação ao PIB, nenhum país europeu se aproxima. Os juízes e promotores em início de carreira ganham mais do que o dobro da média europeia!, revela o colunista ao comparar os salários anuais dos magistrados brasileiros, em euros, com os de colegas de toga em cinco países europeus: França, Alemanha, Portugal, Espanha e Suécia; leia o texto e compartilhe.
Ricardo Mac Donald*

Quanto custa para o Estado a sua manutenção?

Ao examinarmos a despesa dos órgãos e o total da receita líquida do ano passado, o custo dessa manutenção foi de 17,58% para os outros Poderes, enquanto que, com a saúde, por exemplo, o Executivo estadual gastou 13,73%.

Não existe comparação possível entre os vencimentos do Executivo e os salários e benesses dos demais Poderes, com o agravante de que todos querem nivelamento salarial pelo teto.

Se um benefício é concedido ao Judiciário, imediatamente os membros do Ministério Público e Tribunal de Contas pedem a sua extensão, alegando isonomia; sempre sob o argumento de que é legal, está na Lei, mas ninguém informa quão forte foi o movimento corporativo para que isso se realizasse.

E, à  medida que essas superestruturas avançam no orçamento comum dos impostos de todos os paranaenses, resta cada vez menos dinheiro para o Estado fazer investimentos.

Economia

Parágrafo investimentos

Notem que só o Executivo tem a preocupação de arrecadar e fazer frente à s necessidades da população. Aos demais Poderes, resta a impressão de que cabe a eles apenas requisitar verbas, que se avultam em percentuais e quantidades, a cada ano.

Não é à  toa que, seguidas vezes, a imprensa apresenta quadros comparativos com outras nações desenvolvidas, e os superfuncionários do Brasil aparecem como os mais bem pagos do mundo.

Gastamos com o judiciário, por habitante, mais do que o dobro da média dos países europeus. Em relação ao PIB, nenhum país europeu se aproxima. Os juízes e promotores em início de carreira ganham mais do que o dobro da média europeia.

Destacamos os salários anuais, em euros, de cinco países europeus: França, Alemanha, Portugal, Espanha e Suécia:

tabela

Mas então deveriam estar todos satisfeitos?

Parece que não, pois a pressão sobre o orçamento é constante para aumento de verba; pedidos para auxílios variados, como alimentação, moradia, etc; superação do teto constitucional que limita o vencimento, adicionais diversos, incorporação de planos, além de diferenciais como férias de 60 dias mais recesso de 15 dias no fim ano, aposentadoria integral !“ regalias que colocam os membros dessa superestrutura em uma classe diferenciada e um tanto descolada da realidade brasileira.

Mas como está a qualidade dos serviços prestados à  população que paga a conta?

Vejamos na próxima.

*Ricardo Mac Donald Ghisi é advogado, secretário Municipal de Governo de Curitiba. Escreve à s sextas no Blog do Esmael.

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