Globo constrói novo alvo na América Latina: a “Dilma Bolivariana”

do Brasil 247

Manchete do jornal da família Marinho alimenta a tese de que o governo Dilma embarcou num projeto bolivariano, de inspiração chavista, ao repreender empresas privadas por suas opiniões contrárias à  política econômica; segundo O Globo, os bancos brasileiros farão autocensura e análises mais conservadoras temendo represálias do Planalto; no entanto, até agora, a única represália sofrida pela analista que distribuiu uma opinião particular a clientes de alta renda do banco partiu do presidente Emilio Botín, que disse que a demitiu "porque fez coisa errada"; reportagem do Globo só tem fontes anônimas (em off) e ainda compara Dilma a Cristina Kirchner, que censuraria dados de inflação; não é por acaso.
Manchete do jornal da família Marinho alimenta a tese de que o governo Dilma embarcou num projeto bolivariano, de inspiração chavista, ao repreender empresas privadas por suas opiniões contrárias à  política econômica; segundo O Globo, os bancos brasileiros farão autocensura e análises mais conservadoras temendo represálias do Planalto; no entanto, até agora, a única represália sofrida pela analista que distribuiu uma opinião particular a clientes de alta renda do banco partiu do presidente Emilio Botín, que disse que a demitiu “porque fez coisa errada”; reportagem do Globo só tem fontes anônimas (em off) e ainda compara Dilma a Cristina Kirchner, que censuraria dados de inflação; não é por acaso.
O jornal O Globo, da família Marinho, inicia, nesta quarta-feira, a construção de um novo personagem: a Dilma Rouseff bolivariana, que adotaria métodos chavistas de confronto e intimidação na sua relação com o setor privado.

Na manchete do jornal, informa-se, a partir de depoimentos de fontes anônimas (em off, no jargão jornalístico), que os bancos farão análises mais conservadoras sobre a economia brasileira, temendo represálias do governo federal.

à‰ mais uma fraude jornalística. Os bancos continuarão fazendo as mesmas análises de antes. Uns vão acertar suas previsões, favorecendo seus clientes, outros errarão feio, atingindo sua própria credibilidade.

Já houve exemplos no Brasil, por exemplo, de bancos como o Credit Suisse que previram queda de 5% do PIB em anos de estabilidade econômica. Nos tempos atuais, as análises de Ilan Goldfajn, economista do Itaú Unibanco, são ainda mais ácidas do que as do Santander, e nada indica que isso mudará ou que o governo federal pretenda fazer qualquer coisa a respeito.

Qual foi, então, o erro do Santander? Basicamente, a distribuição aos clientes pessoas físicas, nos seus extratos, de uma análise pessoal de uma analista. Análise esta que, como disse o presidente mundial do banco, Emilio Botín, não refletia a posição da instituição e, portanto, não poderia ser enviada aos clientes, que, por acaso, são também eleitores e votarão nas eleições de outubro. Dizer a um poupador que a reeleição de Dilma poderia afetar suas economia é algo, segundo Botín, que fere as regras de conduta do próprio banco.

O dono do Santander foi ainda mais claro quando disse que ela foi demitida “porque fez coisa errada”. Ou seja, a única represália do caso partiu do próprio comando do Santander, que, antes mesmo da demissão, estampou um gigantesco pedido de desculpas aos clientes (e não ao governo), na home page de seu site.

Economia

No entanto, o jornal O Globo constrói a tese de que uma Dilma chavista estaria emergindo, disposta a enfrentar e a confrontar o setor privado. Na mesma reportagem, o jornal também a compara à  presidente argentina Cristina Kirchner, que censuraria a divulgação de dados de inflação.

Não foi por acaso. A imagem de um setor privado amedrontado e apavorado diante de um governo intimidador é o novo mito a ser criado até as eleições de outubro.

Comments are closed.