O ex-governador Orlando Pessuti, secretário-geral do PMDB, se transformou numa espécie de “tábua da salvação” do Palácio Iguaçu para garantir o PMDB na coligação de reeleição do governador Beto Richa (PSDB).
Outrora rejeitado como opção pela agora diminuta bancada estadual peemedebista que ainda luta pelo entendimento com o tucano, Pessuti almoçou semana passada na Assembleia Legislativa do Paraná.
A conversa nos bastidores é para que o ex-governador aceite a vice na chapa de Richa e enterre de uma vez por todas a tese da candidatura própria.
As esperanças do governador do PSDB ganhar as eleições de outubro já no primeiro turno estão nas mãos de Pessuti, portanto. Se isso é bom ou ruim? Somente a história nos contará.
Em mensagem a este blogueiro, o ex-governador garantiu que se reuniu com 50 municípios na semana passada em nome da candidatura própria do PMDB.
Na outra ponta, o senador Roberto Requião também trabalha pelo projeto autônomo. No último sábado, por exemplo, ele fechou uma série de reuniões regionais em Francisco Beltrão, Sudoeste, onde o deputado Caíto Quintana anunciou que abandonou o barco do tucano Beto Richa e aderiu à campanha “Volta, Requião”.
Enquanto espera o desfecho do imbróglio no PMDB, resta o governador Beto Richa estudar outras possibilidades políticas. Dentre as quais, o próprio Palácio Iguaçu não descarta uma candidatura ao Senado e ceder a vaga para o senador àlvaro Dias tentar voltar ao governo depois de 25 anos.
Você duvida que vaca voe nestas plagas, caro leitor? Ontem à noite, pelo Twitter, Richa deu uma piscadela em direção a Requião. Lula devolve apoio de Requião em 5 eleições com ingratidão. Memória curta. Esqueceu a lealdade ao apoiar novo aliado!, solidarizou-se (clique aqui).
Mesmo com o afago, o peemedebista não titubeou sobre 2014: o Estado não pode ser governado nem pela Barbie nem pelo Ken!, afirma, usando os apelidos que criou para Gleisi Hoffmann (PT) e para o governador Beto Richa.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.