Antes de embarcar para o Montevidéu, no Uruguai, onde comanda reunião do Parlasul, o senador Roberto Requião (PMDB) tomou duas medidas políticas: 1- mandou seu primeiro suplente no Senado, Francisco Simeão, também conhecido como Chico Rico entrar no aquecimento para substituí-lo e 2- convocou o bilionário deputado Marcelo Almeida para disputar o Senado pelo partido em 2014.
Careca Almeida o seguiu neste final de semana em Francisco Beltrão, no Sudoeste, com a caravana “Volta, Requião”.
A ofensiva do senador também consiste em nova frente de batalha “contra a ingratidão de Lula!, além de manter o governador Beto Richa (PSDB) sob intenso fogo cerrado.
“A Gleisi [Hoffmann] é minha amiga, mas o problema dela é o marido Paulo Bernardo”, vinha repetindo Requião de forma até “amistosa” como se fosse um mantra. No entanto, “ferveu o kissuco” a partir de declarações de arrependimento de Lula pelos apoios passados ao senador do PMDB (clique aqui para relembrar).
“Lula se disse arrependido de ter me apoiado porque não conhecia Osmar Dias, eu o apoiei sempre porque conhecia o FHC e o PSDB. Sou racional”, devolveu Requião, que completou: “Eu tenho uma estranha arte de ferir a quem me fere”.
Na preleção com Chico Rico e Marcelo Almeida, de acordo com assessores, Requião teria analisado dificuldades de Gleisi avançar para o segundo turno das eleições de outubro. “Por isso o ataque gratuito de Lula, o ingrato”.
O governador Beto Richa (PSDB), pelo Twitter, tentou tirar uma “casquinha” da relação esgarçada entre PT e Requião (clique aqui). O tucano se solidarizou com o histórico desafeto. O gesto soou como fraqueza do governador cuja candidatura à reeleição voltou a sofrer “ataque especulativo”. Fala-se nos bastidores que àlvaro Dias vai substituí-lo na corrida pelo Palácio Iguaçu e Richa concorreria ao Senado.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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