CPI do Pedágio afrouxa o sutião de vez: ‘sem quebra de sigilos’

Xerifes da CPI do Pedágio não veem necessidade de quebrar sigilos das pedagiadoras, que, de acordo com estudo técnico do Crea, vêm roubando há 15 anos os usuários das rodovias privatizadas; no final deste ano, segundo um parlamentar ouvido pelo blog, haverá uma grande pizza para comemorar o resultado das "investigações"; script seria parecido com o de 1998, quando Lerner "baixou" a tarifa para reajustá-la depois de reeleito; para se dizer séria CPI precisaria colocar em seu relatório final a proposta de encampação da administração de suas estradas pelo Estado.
Xerifes da CPI do Pedágio não veem necessidade de quebrar sigilos das pedagiadoras, que, de acordo com estudo técnico do Crea, vêm roubando há 15 anos os usuários das rodovias privatizadas; no final deste ano, segundo um parlamentar ouvido pelo blog, haverá uma grande pizza para comemorar o resultado das “investigações”; script seria parecido com o de 1998, quando Lerner “baixou” a tarifa para reajustá-la depois de reeleito; para se dizer séria CPI precisaria colocar em seu relatório final a proposta de encampação da administração de suas estradas pelo Estado.
O presidente da CPI do Pedágio, deputado Nelson Luersen (PDT), afirmou que não vê motivos para pedir a quebra dos sigilos fiscal, telefônico e bancários das concessionárias que exploram 27 praças de pedágio nas rodovias do estado.

Na vida real, bem debaixo do nariz dos xerifes dessa comissão de “investigação”, o governo do estado fala em criar mais quatro praças de pedágio no trecho da PR-323 entre Maringá e Guaíra (clique aqui).

Paralelamente, nos bastidores, prepare-se uma grande pizza para o final do ano. Funcionaria mais ou menos assim, segundo um parlamentar em dieta sem massas.

Ao final, a CPI irá aparecer dizendo que graças a seu trabalho conseguiu “baixar” o preço das tarifas. O governo Beto Richa (PSDB) cantará que a “negociação” venceu a “truculência” do passado, blá, blá, blá.

Só pode se dizer séria uma CPI que apresente em seu relatório final a proposta de encampação pelo Estado a administração de suas estradas, haja vista que entidades técnicas denunciam que as pedagiadoras ficaram 15 anos roubando os paranaenses (clique aqui para relembrar).

Resumo da ópera: tem tudo para a história se repetir neste dezembro de 2013; a exemplo do que ocorreu na gestão Jaime Lerner, em 1998, reduz-se o valor do pedágio para depois recuperá-lo com juros e correção monetária; quem paga o pato, é claro, somos nós os usuários das rodovias.

Economia

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