Caberá ao presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Valdir Rossoni (PSDB), a decisão política de anular a sessão que escolheu o ex-deputado Fábio Camargo para a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), em 15 de julho, ou aguardar o resultado da investigação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre o suposto tráfico de influência na votação. Esta é análise do jornal Gazeta do Povo, nesta quinta (10), em reportagem do jornalista José Marcos Lopes.
O jornal lembra que esse procedimento não é novidade no TCE, pois em 2009 o então conselheiro Maurício Requião foi afastado devido acusação de nepotismo. Entretanto, o que ainda sustenta sua saída do colegiado foi a votação não secreta para o cargo na Assembleia.
No lugar do ex-secretário da Educação o governo Beto Richa (PSDB) fez força para indicar Ivan Bonilha, ex-procurador-geral do Estado e ex-coordenador jurídico da campanha do tucano em 2010.
Além de jogar a batata quente no colo de Rossoni, o repórter Fábio Silveira, do Jornal de Londrina, também do grupo RPC, registra que o governador saiu em defesa da lisura do processo eleitoral no TCE.
Não houve troca alguma. E lá [na Assembleia Legislativa] o desembargador Clayton Camargo não tinha influência nenhuma”, jurou Richa, ao negar relação entre a posse de Fábio Camargo com a aprovação, pelo à“rgão Especial do Tribunal de Justiça, da transferência de R$ 2,1 bilhões relativos a depósitos judiciais para a Conta Única (CU) do governo do estado.
Não tem a menor relação!, disse o governador.
Será que Rossoni, fiel aliado da Gazeta do Povo e ex-coordenador da campanha de Camargo, vai abrir nova eleição? A conferir.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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