O secretário de Estado da Indústria e Comércio, Ricardo Barros (PP), lidera o movimento de debandada política no governo de Beto Richa (PSDB).
Na véspera do prazo fatal para o troca-troca partidário, o “auxiliar” do tucano convenceu a esposa, deputada Cida Borghetti, trocar o PP pelo PROS.
Ato contínuo, Barros mandou o irmão, Silvio Barros II, ex-prefeito de Maringá, ingressar no PHS.
O projeto da família Barros consiste no lançamento de uma candidatura “independente” de Silvio a partir de uma frentinha que envolveria, além do PHS, o PROS e o PPS.
Esses partidos em comum têm o fato de uma parte integrar a base de sustentação da presidenta Dilma Rousseff e outra se afasta do governador pelo instinto de sobrevivência. O descolamento de Richa, portanto, comprova que as eleições de 2014 serão nacionalizadas e extremamente politizadas no estado.
A candidatura “independente” dos Barros pode até não ajudar Gleisi, mas, com certeza, pode atrapalhar muito o projeto de reeleição de Richa. A pulverização dos votos, com várias candidaturas, tende a levar a disputa pelo Palácio Iguaçu para o segundo turno.
Ricardo Barros não tem certeza se consegue arrastar o PP para sua frentinha. Há disputa de rumos com o presidente da sigla, Nelson Meurer, que jura fidelidade ao governador do PSDB.
A debandada de partidos da aba do tucano já conta com PHS, PROS, PPS, PV e o PSC vacila (leia aqui). Tem outros que também negociam nos bastidores com o PT, dentre os quais o PMDB.
à‰ a política como ela é, sem retoques de Photoshop.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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