A tropa de choque do governo Beto Richa (PSDB), na Assembleia Legislativa do Paraná, tentou sem sucesso ontem (9) tomar conta da CPI dos Pedágios, criada para investigar o lucro das empresas, o preço abusivo da tarifa e uma suposta máfia que atuaria dentro da Casa.
Governistas tentaram indicar entre seus membros deputados que não assinaram a criação da CPI com o claro objetivo de dominar o colegiado. Na prática, os aliados do Palácio Iguaçu pretendem uma CPI laranja e, mais adiante, servir uma grande pizza.
Deputados como Tercílio Turini (PPS), Antônio Anibelli Neto (PMDB), o Anibelinho, e Cleiton Kielse (PMDB), por exemplo, combativos nesse tema, foram excluído pelas suas lideranças partidárias (pelo regimento da Assembleia, são os líderes que indicam os membros da CPI).
Considerada a mãe de todas as CPIs, a Comissão Parlamentar de Inquérito sobre as concessionárias é uma das mais aguardadas pelo mundo político e entidades produtivas, como a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep).
Várias organizações do movimento social planejam grandes manifestações regionais e estadual pela CPI dos Pedágios e redução da tarifa a R$ 1 em todas as praças de arrecadação nas rodovias paranaenses.
Nesta quarta-feira (10), novo round deverá ocorrer a partir das 14 horas. O embate se repetirá logo mais entre os governistas — que pretendem transformar a CPI numa pizzaria — e a bancada que almeja respostas aos recentes protestos no Paraná contra os escorchantes preços das tarifas do pedágio.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Valdir Rossoni (PSDB), havia anunciado, a contragosto, a instalação da comissão no próximo dia 17 de julho !” o último dia de sessão antes do recesso parlamentar. Mas teve que antecipar diante de críticas por fazê-lo no apagar nas luzes.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.