A bancada governista na Assembleia Legislativa do Paraná admitiu, nesta segunda-feira 8, que a CPI para investigar as empresas de pedágio será aberta no próximo dia 17 de julho. O presidente da Casa, Valdir Rossoni (PSDB), confirmou a inexorabilidade da comissão diante do aumento de protestos contra o pedágio no estado.
A abertura da CPI do Pedágio vai se concretizar graças a mobilização externa à Assembleia, que relutava em investigar o lucro exorbitante das concessionárias.
O presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, comemorou a notícia sobre a instalação da comissão de investigação. Segundo ele, a sociedade e as ruas clamam por transparência nas coisas públicas. “Há um desconforto nessa questão do pedágio que incomoda a sociedade e o setor produtivo”, disse o empresário, um dos principais defensores da instalação da CPI.
Nas últimas semanas, várias manifestações pipocaram pelo interior do Paraná contra o pedágio. Houve invasão de praças, furo nas cancelas de cobrança e, para amanhã, terça-feira 9, um grupo de londrinenses se dirige até a Assembleia cobrando pela CPI.
Além da CPI, proposta originalmente pelo deputado Nelson Luersen (PDT), também existe a de instalação de “pedagiômetros” em tempo real nas 27 praças de pedágio para auferir a quantidade que as concessionárias lucram e redefinir o preço da tarifa. Há quem defenda R$ 1 — e nada mais.
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