“Choque de Gestão 2”, a revanche: Richa corta a marmelada para economizar no PR

O comitê anticrise do governo Beto Richa se reuniu em outubro de 2012, véspera do anúncio do "Choque de Gestão 1". Foto: Jonas Oiveira / ANPr.
O comitê anticrise do governo Beto Richa se reuniu em outubro de 2012, véspera do anúncio do “Choque de Gestão 1”. Foto: Jonas Oiveira / ANPr.
Se o governo federal colocou culpa no cafezinho pelos protestos nas ruas e a consequente crise política, o governo de Beto Richa (PSDB) não ficou atrás. Para o tucano, o problema está na marmelada (que na hora da morte mata, segundo o filósofo e senador Roberto Requião).

Nesta segunda-feira (8), Richa, mais uma vez, coloca seu mirabolante “Choque de Gestão” em prática. A parte 2, a revanche. Anunciou que “determinou” redução de R$ 200 milhões nas despesas de custeio de toda a estrutura de governo. A economia deve ser atingida até o fim do ano, prevê.

No Choque de Gestão parte 1, anunciada em outubro de 2012, o governador do PSDB também havia “determinado” corte de 20% nas despesas da administração estadual com pessoal e encargos, materiais de consumo, serviços de terceiros e manutenção.

Neste ano, além da marmelada, pelo Twitter, Richa ampliou os cortes: “R$ 6 milhões em energia elétrica, água e esgoto, telefonias fixa e móvel. Mais R$ 8,3 mi serão suprimidos em despesas com viagens”.

“Economia de R$ 174 mi na gestão e aquisição de veículos, com cortes de carros de representação. Redução de R$ 12 mi em horas extras. Não está descartado anúncio de novas medidas nos próximos meses”, completou o tucano.

Richa apenas promove uma nova jogada de marketing político, que já falei aqui (clique aqui para relembrar). No anúncio de hoje, nenhuma palavra sobre a farra publicitária de R$ 240 milhões e muito menos do cabidaço no governo do estado com generosas 4,3 mil tetas comissionadas.

Economia

O problema central nos governos (municipal, estadual e federal) não está simplesmente localizado nas despesas maiores que as receitas ocasionadas pelo cabidão, pela teta pública, mas no modelo gestão e nos serviços essenciais e estratégicos (lucrativos) delegados a terceiros.

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