Dilma: “Estou ouvindo vocês e não vou transigir com violência”

com informações do Brasil 247

“Estamos companhando com muita tensão as manifestações que ocorrem pelo país”, começou a presidente Dilma Rousseff, ao se dirigir à  Nação em cadeia nacional de rádio e televisão. “Se aproveitarmos bem o impulso dessa nova energia política, poderemos fazer melhor e mais rápido muita coisa que o Brasil ainda não conseguiu realizar por causa de limitação política e econômica”, seguiu.

“Corremos o risco de colocar muita coisa a perder”, disse a presidente, que prometeu conversar nos próximos dias com os chefes dos outros poderes e com governadores e prefeitos para elaborar o Plano Nacional de Mobilidade Urbana, “que privilegia o transporte coletivo”. Dilma reforçou ainda sua promessa de reservar 100% dos recurso dos royalties do pré-sal para a educação. Ela também se comprometeu a “trazer, de imediato, milhares de médicos do exterior, para ampliar o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS).

Ela também falou da importância dos partidos políticas, explicou que as obras da Copa estão sendo financiadas, cujo dinheiro será retomado, e pediu acolhida dos brasileiros na competição esportiva mundial. A presidenta disse que não vai tolerar violência e arruaça no país.

Gravação

Economia

A presidente Dilma Rousseff gravou no fim da tarde desta sexta-feira a mensagem que vem sendo cobrada dela desde que manifestantes depredaram o Palácio do Itamaraty na noite de ontem. O Palácio do Planalto confirmou à s 19h que a presidente vai ocupar a rede nacional de rádio e tevê à s 21h. Ela falará por 10 minutos.

A gravação do pronunciamento foi dirigida pelo marqueteiro João Santana, e também contou com a participação do ex-ministro da Comunicação Social Franklin Martins. Nesta noite, a presidente ainda se reúne com o vice-presidente Michel Temer, o senador e ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN).

Reprovação

Pesquisa do Datafolha publicada nesta sexta-feira mostra que 55% dos paulistanos consideram “ruim” ou “péssima” a reação da presidente Dilma diante dos protestos que aconteceram em várias capitais brasileiras. Uma pequena parcela de 15% avalia a atuação como “ótima” ou “boa”, e 27% a consideram “regular”. Na pesquisa anterior, feita no dia 18, a parcela dos que reprovavam a atuação de Dilma era de 49%.

Dilma tomou a decisão de falar à  Nação nesta manhã. Reunida com seu núcleo duro, em Brasília, que inclui os ministros José Eduardo Cardozo, da Justiça, e Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, ela decidiu que iria se pronunciar, com veemência, em defesa da democracia, mas também da ordem, rechaçando de forma contundente todos os atos de violência.

Ela, que acompanhou tudo pela televisão ontem à  noite, ficou especialmente assustada com o vandalismo em Brasília, onde o Palácio do Itamaraty, obra-prima da arquitetura mundial, foi atacado, e no Rio de Janeiro, onde houve tentativa de invasão à  prefeitura e um repórter da GloboNews, Pedro Vedova, foi atingido com uma bala de borracha na testa.

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