Petista Enio Verri classifica Richa de “governo mentiroso”

Para deputado Enio Verri, presidente do PT, os governistas representados pelo líder de Beto Richa (PSDB) na Assembleia Legislativa, Ademar Traiano (PSDB), andam "mais perdidos que pirulito em boca de banguela" diante da perspectiva de vitória da ministra Gleisi Hoffmann na disputa pelo Palácio Iguaçu em 2014.
Para deputado Enio Verri, presidente do PT, os governistas representados pelo líder de Beto Richa (PSDB) na Assembleia Legislativa, Ademar Traiano (PSDB), andam “mais perdidos que pirulito em boca de banguela” diante da perspectiva de vitória da ministra Gleisi Hoffmann na disputa pelo Palácio Iguaçu em 2014.
O governo do tucano Beto Richa está sendo alvo de intensas saraivas vindas de petistas e peemedebistas no Paraná. Se ontem (23), o governador do PSDB foi acusado pelo senador Roberto Requião (PMDB) de enfiar no “CU” (Caixa Único) todo o dinheiro do povo paranaense, hoje foi a vez do presidente estadual do PT, deputado Enio Verri, classificar o governo Richa de “mentiroso”. Para o petista, os governistas representados pelo líder na Assembleia, Ademar Traiano (PSDB), andam “mais perdidom que pirulito em boca de banguela” diante da perspectiva de vitória da ministra Gleisi Hoffmann na disputa pelo Palácio Iguaçu em 2014.

Leia a integra do artigo do deputado estadual Enio Verri:

O governo Richa e a tendência pela mentira

por Enio Verri*

A população que acompanha o noticiário político do Paraná tem sido vítima de uma avalanche de informações falsas divulgadas pelo líder do governo Beto Richa na Assembleia Legislativa (Alep), deputado Ademar Traiano, contra os ministros paranaenses e o governo federal. Não é difícil entender a razão da verborragia semanal do líder: ele tem a missão de defender um governo que caminha a passos largos, lamentavelmente, em direção ao fracasso, enquanto se consolida como péssimo gestor.

Se nas pistas de corrida o governador se orgulha da sua suposta habilidade de piloto, o oposto ocorre no comando do Paraná. Com Beto Richa, temos um Estado trôpego, completamente sem rumo e próximo da falência financeira.

Economia

A crise nas contas públicas do Paraná, aliás, é tema recorrente do discurso raso e sempre equivocado do representante do governo na Alep. O deputado descaradamente atribui a culpa pela falência financeira do Estado à  falta de apoio do governo federal e dos ministros paranaeneses.

Uma das críticas prediletas de Traiano é que o governo Dilma, ao desonerar impostos para incentivar o desenvolvimento do País, tira do Paraná uma grande capacidade de arrecadação. De acordo com o líder, o governo federal adota mecanismos sórdidos contra o Estado com o mero objetivo de frear a arrecadação, lesando os cofres públicos e prejudicando o crescimento. Um grande embuste.

à‰ um discurso essencialmente fundamentado em interesses políticos e eleitorais e não encontra ressonância em análises técnicas do desempenho financeiro do Paraná. Esta política, de disseminar a mentira em detrimento da verdade, é despojada pela própria Secretaria da Fazenda (Sefa).

A desfaçatez se escancara quando comparamos a Receita Arrecadada da Administração Direta nos quatro primeiros meses de 2013 com 2012. A receita total do primeiro quadrimestre desde ano foi de R$ 9,82 bilhões, enquanto em 2012 foi de R$ 8,55 bi, ou seja, um incremento expressivo de 14,93%.

Este cenário otimista também se reflete nos repasses da União relativos à s Transferências Correntes, conta que engloba o IPI, entre 2012 e 2013. De acordo com os números divulgados pela Sefa, no primeiro quadrimestre do ano passado o governo estadual recebeu R$ 2,28 bilhões, enquanto em 2013 o índice cresceu para R$ 2,38 bilhões.

Já a Receita Tributária, que inclui os recursos advindos do ICMS, cresceu 12,52% no primeiro quadrimestre deste ano em relação a 2012. O valor, que era de R$ 7,01 bilhões, passou para R$ 7,89 bi.

à‰ importante destacar que, analisando os convênios entre o governo federal e os três estados do Sul em 2012, o Paraná, com R$ 3,805 bilhões, foi a unidade mais beneficiada, deixando para trás o Rio Grande do Sul (R$ 3,469 bilhões) e Santa Catarina (R$ 1,984 bilhão).

à‰ necessário estabelecer a verdade, palavra que falta no dicionário do governo tucano.

A razão da crise financeira do Paraná, que ficou evidente na proposta indecente de parcelamento do reajuste de 6,49% do funcionalismo estadual em duas vezes, e na criação do Sigerfi (Sistema de Gestão Integrada dos Recursos Financeiros), que vai unificar em apenas uma conta bancária todos os recursos do governo, reside unicamente na inabilidade do governo Richa em administrar os recursos públicos.

Enquanto os paranaenses continuam esperando o início da gestão tucana para além da entrega de veículos, o governo Richa lança mão de uma agenda da mentira, fundamentada na lógica perversa da vilanização do governo federal com a finalidade de maquiar sua própria incompetência.

* Enio Verri é Deputado Estadual e Presidente do PT Paraná.

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