Família de Raquel Genofre entra com ação na justiça contra o Estado por erros na investigação

via portal Banda B

Rachel Genofre.
A família da menina Raquel Genofre, encontrada morta em uma mala dentro da Rodoviária de Curitiba em novembro de 2008, vai processar o Estado. De acordo com a família da menina, a ação é motivada pelos diversos erros e falhas ocorridas no inquérito, que até hoje não apontou quem matou Raquel.

Segundo a advogada da família, Cássia Bernadelli, o prazo do inquérito é de 30 dias e até agora nada. Por isso resolvemos entrar com o processo. Os erros começaram com a abertura da mala. Ela estava envolta em sacos azuis e chegou no IML com sacos pretos. Os sacos que a envolviam simplesmente foram jogados no lixo!, diz a advogada.

A família alega também que o corpo da menina foi exposto de forma indevida, tanto que ainda hoje as fotos de Raquel na mala são encontradas em vários sites da internet.

A advogada informou ainda que a família acredita que uma série de erros na condução da investigação comprometeram a busca pelo assassino de Raquel. Segundo Cassia, a ação não tem como objetivo um ressarcimento financeiro, mas sim impedir que o Estado cometa os mesmos erros em outros casos.

Na ação, pedimos a criação de um banco de DNA de pedófilos, a criação de uma fundação com o nome da Raquel para vítimas deste crime, maiores investimentos na investigação criminal com capacitação de profissionais, além da criação também de uma lei como o nome da Raquel para punir a máquina administrativa na ausência de prevenção!, explica a advogada.

Economia

O caso

O corpo de Rachel Genofre, 9 anos, foi encontrado dentro de uma mala na rodoviária de Curitiba no dia 5 de novembro de 2008, dois dias depois do desaparecimento da menina. Ela foi posta na bolsa em posição fetal, envolvida em dois lençóis. Na cabeça da criança, havia sacolas plásticas. Rachel sofreu violência sexual e diversas agressões.

Ao longo das investigações, diversos suspeitos foram presos. Cerca de 100 exames de confronto de DNA foram realizados, mas todos deram negativo. A polícia chegou a viajar a quatro estados para interrogar suspeitos, mas ninguém foi apontado como o responsável pelo crime.

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