Da Folha.com
A presidente Dilma Rousseff disse na manhã desta quinta-feira (29) que o fato de ter chegado à Presidência da República abre possibilidades para as mulheres sonharem com outras profissões.
Em entrevista ao programa “Hoje em Dia”, da TV Record, ela disse que, a partir da sua eleição, as mulheres podem sonhar [com o que antes só os homens podiam].
“Nunca sonhei, não [em ser presidente]. Na minha época as meninas não podiam sonhar com isso”, disse. O fato de eu ser presidente do Brasil vai concretizar os muitos sonho das mulheres brasileiras.
A presidente contou que quando criança sonhavam em ser duas coisas: bailarina e bombeiro. “Bombeiro pela generosidade da profissão.”
Dilma contou que, durante as eleições, uma mãe disse que sua filha queria lhe perguntar “se mulher pode”. Dilma respondeu: “pode o quê?”. A mãe respondeu que a menina queria saber se mulher poderia ser presidente.
“Olha, eu estou fazendo de tudo para que uma mulher possa. E foi isso, a partir da minha eleição as mulheres podem sonhar, porque há uma possibilidade concreta. As meninas não precisam sonhar apenas em ser bailarinas”, relatou.
ONU
Sobre o fato de ter aberto, no começo deste mês, a Assembleia-Geral das Nações Unidas (tradicionalmente aberta pelo presidente brasileiro), Dilma afirmou que o fato de ser mulher na abertura simboliza muito.
“Em muitos lugares no mundo, as mulheres ainda são vítimas de segregação pesada. A presença de uma mulher abrindo o debate geral da ONU é simbólico. Diz que não é assim no resto do mundo. Acredito que é simbólico, sim.”
Ela afirmou que na ONU se sentiu representando as mulheres. “à‰ claro que eu representava o Brasil, e essa é uma fase de extrema valorização, mas também acho que nossos antecessores tiveram tremendo mérito [na boa fase que o Brasil vive]”, avaliou.
Segundo Dilma, na ONU ela representava mulheres anônimas. “Aquelas que lutaram e conquistaram um destaque em sua vida profissional. Essa condição do Brasil permite que essa representação seja amiga, que eu acho que é o que as mulheres querem passar. Nós crescemos, mas respeitamos o meio ambiente. Queremos um mundo não para uma pequena porção, um mundo para todos.”
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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