A Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) elegerá hoje o novo presidente. A votação começará ao meio e se estenderá até à s 18 horas, na sede da Avenida Cândido de Abreu, 200, no Centro Cívico.
Está em jogo um orçamento de R$ 450 milhões ao ano, maior do que o orçamento de 393 municípios paranaenses (ao todo são 399).
Também está em disputa o futuro da entidade empresarial enquanto entidade de classe.
O empresário Edson Campagnolo, favorito na disputa, encerrou a campanha ontem à noite, em Curitiba, reunindo 70 sindicatos votantes num jantar. O colégio eleitoral na Fiep é composto por 99 sindicatos.
O ex-deputado Ricardo Barros, experiente político do PP, não conseguiu empolgar os industriais que o veem como a reencarnação de Carvalhinho, o controverso ex-presidente da Fiep, José Gomes de Carvalho, falecido em 2003.
Durante a campanha, o time de Campagnolo disse que Barros não tinha relação com o setor industrial porque nunca fabricou um alfinete na vida. A chapa da situação ainda explorou ao máximo a militância política do ex-deputado do PP sugerindo que, se a entidade caísse nas mãos de Barros, a Fiep daria uma volta aos tempos de Carvalhinho, fortemente identificado com o atraso e a corrupção.
Carvalhinho era secretário do Trabalho na gestão Jaime Lerner. Barros é (?) secretário da Indústria e Comércio na gestão Beto Richa.
Os industriais consideram a Fiep fundamental para articular as reivindicações do setor produtivo, mas, como é sabido, a entidade tem como influenciar no jogo político-eleitoral por causa do poder de fogo econômico dos associados. E é isso que causa arrepios nos políticos de plantão.
Enfim, por volta das 19 horas, se não houver nenhum imprevisto, saberemos o resultado oficial das urnas. Ou vence Campagnolo ou a Fiep retorna aos tempos e à s práticas de Carvalhinho. à‰ simples assim.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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