Na esteira da declaração do senador Roberto Requião, eleito no último domingo presidente do PMDB de Curitiba, de que o correligionário Rafael Greca não está ungido candidato a prefeito, surge um estridente movimento para que o partido se una em torno do ex-deputado Gustavo Fruet (sem partido).
Fruet deverá embarcar na canoa do PDT, pois o próprio Requião também fez questão de ressaltar que não veta a entrada do ex-tucano no partido, mas também não garante a vaga de candidato a ele.
Diante da “incerteza” do senador, Fruet deverá mesmo optar em setembro pelo PDT.
Em reunião da executiva estadual, na segunda à noite, na sede do PMDB, deputados estaduais olhavam para um pôster de Maurício Fruet — pai de Gustavo — exposto numa das paredes e afirmavam abertamente que a relação da legenda é bem maior com o Fruet.
“Quase ninguém do PMDB tem relação com o prefeito Luciano Ducci (PSB)”, frisou um parlamentar peemedebista.
“O PDT é o partido que dá mais segurança à candidatura de Gustavo, portanto, nada mais natural que o PMDB se esforce para fazer uma ampla frente política que também envolveria o PT”, continuou analisando o deputado, que é umbilicalmente ligado a Requião.
PMDB, PT e PDT compõem a base de sustentação da presidenta Dilma Rousseff no Congresso Nacional.
“[Rafael] Greca é pré-candidato, entretanto, não está ungido porque não empolgou o partido”, disse.
O blog apurou que o ex-presidente e atual secretário-geral do PMDB de Curitiba, Doático Santos, é uma das poucas vozes que discorda de um eventual apoio do partido a Fruet.
Resumo da ópera: agora, até o PMDB se assanha para os lados de Fruet.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.