Marcha das Vadias em Curitiba. Eu vou. E você?

Partirá do Passeio Público, centro de Curitiba, dentro de alguns instantes, uma irreverente marcha, a Marcha das Vadias.

O movimento tem um manifesto, embora gere polêmica, tem um propósito político, um plano de ação, pois luta pelas seguintes bandeiras: contra a violência sexual que aflige as mulheres; contra o falso moralismo; feminismo renovado; e cidadania.

Portanto, a solidariedade deste blogueiro com todas as vadias! curitibanas, paranaenses e brasileiras.

O curioso é que a Marcha das Vadias deverá se encontrar, logo mais, na Boca Maldita, com o protesto do PDT que pede a instalação de uma CPI para investigar irregularidades de R$ 30 milhões, segundo o TC, na contratação de agência de publicidade pela Câmara Municipal da capital.

Manifesto da Marcha das Vadias de Curitiba

A Marcha de todas as bandeiras!

Economia

O Movimento Slutwalk surgiu no Canadá, no início de 2011, e ganhou o mundo levantando a bandeira contra a culpa da mulher em casos de agressão sexual.

Em Curitiba, a organização da Marcha tem gerado calorosos debates. Muitos jovens, mães de família, políticos, têm expressado a compreensão da urgência em se realizar um ato a favor do RESPEITO. O respeito ao outro, personalizado na mulher, na criança – em todas as vítimas de agressão que todos os dias são atendidas em delegacias e hospitais. O respeito à  todas as vítimas anônimas, humilhadas, abandonadas e destruídas. Infelizmente a civilidade curitibana não afastou esse fantasma e não podemos mais ser coniventes com todas as formas de desrespeito que presenciamos todos os dias.

Por isso queremos todas as bandeiras na nossa marcha!

* A bandeira da luta contra a violência sexual, a submissão, a exploração do corpo da mulher. A luta contra o conservadorismo que nos diz que, se não quisermos ser estupradas, não devemos provocar.

* A luta contra o moralismo, que nos diz que não podemos usufruir de nossa sexualidade, sensualidade e beleza. Contra o machismo que impede que a mulher seja livre e impõe que seja apenas um objeto.

* O feminismo, renovado, que acolhe as mulheres e orienta na melhor forma de exercer a feminilidade, com força, determinação e respeito.

* A cidadania, que busca a criação de políticas públicas efetivas de proteção aos direitos da mulher, que puna agressores e estupradores.
* O fim do preconceito contra os grupos LGBT, pelo respeito à s diferentes formas de orientação sexual.

* A assistência à s prostitutas, maiores vítimas de violência e agressão sexual, pelo reconhecimento profissional e por uma condição mais digna, sem exploração.

* O apoio à s mulheres agredidas, que tenham a segurança de o Estado irá defendê-las de seus agressores.

Acompanhamos as discussões acerca da dificuldade de ressignificar um termo tão carregado de preconceito, como VADIA, e consideramos que é urgente que todos os nomes pejorativos como puta, biscate, vagabunda, piranha, mulher fácil! sejam reapropriadas e que a discussão sobre a sexualidade feminina, e tudo o que ela representa, seja pauta política e social.

Se você também não concorda com uma sociedade que aplaude piadas sobre estupro, que segue lideranças que afirmam que, se a mulher foi estuprada, é porque de alguma forma ela consentiu, que banaliza a agressão física, moral e sexual, marche com a gente.

Na Marcha de todas as bandeiras! traga o seu respeito.
Vista-se como quiser, traga a família, ensine ao mundo que as mulheres devem ser respeitadas.

Diga não à  violência!

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