por Fábio Linjardi, via O Diário
O presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, rechaça a possibilidade de consenso em torno de uma única candidatura para as eleições a entidade, em seis de agosto.
A afirmação, feita ontem a O Diário, é uma resposta a Ricardo Barros, vice-presidente da Fiep, que anunciou na terça-feira a candidatura dele à Presidência. Ricardo trabalha para ser eleito por aclamação. Para conquistar esse objetivo, licenciou-se das funções de secretário do governo do Estado de da Presidência estadual do PP.
“O Ricardo insiste no consenso, mas acho que o consenso não é bom para a entidade”, avalia Rocha Loures. Para ele, a candidatura de Ricardo seria uma tentativa de o Palácio Iguaçu exercer o controle sobre a entidade. Nesse caso, votar contra o candidato do governo representaria o risco de ter problemas além do campo institucional da Fiep.
“Na eleição anterior, o Requião (Roberto, então governador) se envolveu no processo eleitoral da entidade, e ficou implícito aos eleitores que poderia haver uma devassa fiscal, devassa ambiental. Isso é querer se valer de mecanismos de intimidação para obter votos”, critica.
Rocha Loures esteve ontem em Maringá para participar de um evento comemorativo com funcionários do Sistema Fiep. O presidente da entidade disse que apesar de discordar , negou que vá ter participação direta no pleito.
Ele afirma que vai atuar na organização do processo eleitoral, para o sufrágio transcorrer “sem qualquer ingerência externa, ou qualquer constrangimento sobre o eleitorado”.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.